Na sessão desta terça-feira (8), a Câmara Municipal de Olinda aprovou a entrega do Título de Cidadão Olindense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 14 votos a favor e apenas 1 contra. A proposta gerou protestos em frente à Câmara e nas galerias da Casa, com a vereadora Eugênia Lima (PT) sendo a única a se opor à homenagem. Sua posição foi motivo de polêmica no plenário, quando ela foi impedida pela Mesa Diretora de justificar seu voto, sob a alegação de que estava “descumprindo o regimento interno”.
Além da proposta para Bolsonaro, outra homenagem, que concedeu o mesmo título ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi também aprovada por unanimidade.
A proposta para conceder o título a Bolsonaro foi de autoria do vereador Alessandro Sarmento (PL), que defendeu a decisão como uma expressão da democracia e do direito de representar diferentes vertentes políticas. “Eu represento o voto dos patriotas, conservadores e cristãos. Nada mais justo do que a democracia que dá um passo gigante hoje aqui em Olinda”, afirmou Sarmento. Ele comparou a batalha judicial de Bolsonaro à luta histórica do povo olindense, destacando eventos como a Guerra dos Mascates e a expulsão dos holandeses da cidade.
A aprovação do título gerou protestos de parlamentares e manifestantes contrários à homenagem, incluindo a deputada estadual Dani Portela (PSOL), que repudiou a postura da Mesa Diretora ao impedir Eugênia Lima de justificar seu voto. Cartazes de protesto também foram exibidos, criticando a anistia de condenados pelo 8 de janeiro e os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 2022.
Manifestações em apoio a Bolsonaro também ocorreram em frente à Câmara, mas foram menos numerosas que os protestos da esquerda.
Fonte: Diário de Pernambuco