A Controladoria-Geral da União (CGU) solicitou novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de provas do inquérito que investiga o suposto recebimento ilegal de joias da Arábia Saudita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo pedido foi encaminhado ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e argumenta que os dados são “imprescindíveis” para responsabilização administrativa de agentes públicos federais envolvidos.
Entre os documentos requeridos estão comprovantes de transferências bancárias, mensagens e depoimentos já colhidos pela investigação. A CGU, por meio da Corregedoria-Geral da União, afirma que precisa dos elementos para dar andamento à apuração interna.
Em setembro de 2024, Moraes negou solicitação semelhante, considerando o compartilhamento “prematuro”, posição também defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar prejuízos à investigação.
O caso ganhou destaque em julho de 2024, quando a Polícia Federal indiciou Bolsonaro por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, devido à entrada e venda irregular de joias recebidas de autoridades sauditas. Outras 11 pessoas também foram indiciadas. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os itens sejam entregues à União até o fim do processo.
O inquérito segue sob análise da PGR, que decidirá se oferece denúncia, solicita novas diligências ou pede o arquivamento do caso. Em caso de denúncia, caberá ao STF decidir se abre ação penal contra os investigados.
Fonte: CNN Brasil