Aliado de Bolsonaro relança vaquinha virtual para custear defesa e despesas do ex-presidente

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, deu início neste fim de semana a uma nova campanha de arrecadação de recursos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, em apenas um ano, cerca de R$ 8 milhões já foram gastos com despesas do ex-presidente, especialmente em honorários advocatícios e custos hospitalares, relacionados, em grande parte, às investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma suposta tentativa de golpe.

A nova campanha ocorre após a arrecadação recorde de 2023, quando Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em doações por Pix entre janeiro e julho, conforme relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Segundo Machado, quase metade desses recursos foi usada em passagens e deslocamentos do ex-presidente pelo país.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Gilson Machado afirmou que a campanha é motivada pela necessidade de manter a assistência jurídica a Bolsonaro e evitar que ele fique sem condições de pagar seus advogados. “Não vamos deixar o presidente desidratar para depois correr atrás”, disse, ao divulgar o CPF de Bolsonaro para novas doações.

Machado também criticou adversários políticos e disse que a ação é baseada em apoio popular, sem uso de recursos públicos. Ele comparou a iniciativa com supostos casos de desvios associados à esquerda: “A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados e dos brasileiros”, declarou.

Segundo revelações do portal Metrópoles no fim de 2023, Bolsonaro aplicou parte dos valores arrecadados temendo o bloqueio de bens por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Em março deste ano, o ex-presidente confirmou, em entrevista, que só conseguiu manter a equipe jurídica graças à mobilização financeira de seus apoiadores.

Fonte: Metrópoles

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