O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar possível crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso envolve uma mulher que, usando um megafone, gritou “Lula ladrão” nas proximidades da residência do presidente, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo, no dia 8 de abril.
De acordo com a PF, a mulher passou de carro pelo local onde Lula estava e fez a ofensa em voz alta, ouvida por várias pessoas. Agentes da corporação fotografaram a placa do veículo e acompanharam Lula até um heliponto. Após a saída do presidente, os policiais localizaram a proprietária do carro, que prestou depoimento espontâneo.
Em seu relato, a mulher se identificou como dona de casa e disse que foi “tomada por um impulso irracional”. Afirmou que não viu o presidente e agiu “no calor do momento”, alegando arrependimento pela atitude. Segundo o Código Penal, crimes contra a honra — como calúnia, difamação e injúria — podem ter pena agravada se cometidos contra o presidente da República, podendo chegar a até três anos de detenção, além de multa.
A instauração do inquérito foi formalizada nesta terça-feira (3) após encaminhamento do ministro Lewandowski. A PF agora vai apurar se houve crime de calúnia ou injúria, cabendo à Justiça avaliar eventuais responsabilizações.
Fonte: CNN Brasil