Em um evento simbólico realizado nesta sexta-feira, 6 de junho, em Paris, o Brasil foi oficialmente reconhecido como área livre de circulação da febre aftosa sem vacinação, status conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) — um marco que consolida o país entre as potências sanitárias globais e abre novas oportunidades para o agronegócio brasileiro.
A certificação foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com participação destacada do governador do Maranhão, Carlos Brandão — estado que assumiu papel de protagonismo no processo nacional e que hoje se posiciona como uma plataforma estratégica para exportação e desenvolvimento agropecuário.
“É o reconhecimento de um país que tem no agronegócio e na pecuária uma de suas mais importantes vertentes econômicas. É o reconhecimento da robustez e da confiabilidade do nosso sistema de defesa agropecuária,” afirmou o presidente Lula.
“Mesmo sem a vacinação, está comprovado que a febre aftosa não circula em nosso país. E cabe a nós não permitir que volte a circular nos nossos territórios,” completou.
Maranhão: um estado estratégico no avanço sanitário brasileiro
O Maranhão, que possui o segundo maior rebanho bovino do Nordeste, foi um dos estados que anteciparam o processo de retirada da vacinação, com um sistema de defesa agropecuária que hoje é referência nacional e internacional. Segundo o ministro Carlos Fávaro, “O Maranhão é um estado que vem crescendo de forma muito robusta e eficiente na sua agropecuária. Mas é importante ressaltar: esse crescimento não está dissociado da qualidade sanitária. Pelo contrário — o Maranhão assumiu o protagonismo, foi um dos estados que antecipou o processo de retirada da vacinação contra a febre aftosa, fortalecendo seu sistema sanitário. O governador Carlos Brandão e toda a sua equipe de defesa agropecuária vêm desempenhando um belíssimo papel, preparando o Maranhão para estar entre os melhores estados sanitários do mundo. Hoje, essa conquista está garantida e é motivo de orgulho para todos nós.”
Histórico de protagonismo e investimento no Maranhão
A conquista do Maranhão é resultado de mais de duas décadas de trabalho consistente e visão estratégica.
O governador Carlos Brandão, médico veterinário de formação, foi autor da lei que criou a AGED — Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão — em 2002, quando era deputado estadual. Ao longo de diferentes governos, a AGED foi estruturada, modernizada e fortalecida, em parceria com os pecuaristas e com apoio do governo federal.
Nos últimos anos, o Maranhão ampliou os investimentos em equipamentos, veículos, prédios e pessoal qualificado, garantindo uma capacidade de vigilância e controle sanitário de excelência.
“Essa conquista abre novas portas para o Maranhão”, afirma Brandão, que ressalta: “Primeiro, é importante registrar: foram 60 anos de luta do Brasil para chegar a esse status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Isso abre portas para novas exportações — tanto de bovinos quanto de suínos — e fortalece o mercado internacional.
Antes, já vendíamos para o mercado interno como zona livre, agora temos essa certificação internacional. O que observei aqui em Paris é que há muitos investidores e empresários do setor agropecuário com interesse no Maranhão, pois agora eles podem se instalar, gerar empregos, gerar renda e exportar a partir do nosso estado.
Temos um diferencial: contamos com um porto estratégico que permite que a carne seja processada e exportada para a Ásia, Europa e qualquer lugar do mundo. Estou muito feliz porque acompanhei essa luta desde 2003, quando criamos e estruturamos a AGED.
Agora, essa certificação internacional vai abrir novas portas para o Maranhão, atrair investidores, gerar mais empregos e fortalecer a nossa balança comercial. Nosso governo é um governo que gera emprego, renda e oportunidades, sempre com seriedade e segurança para quem quer investir aqui.”
Fonte: Secom MA