STF forma maioria para condenar réu do 8/1 que furtou bola autografada por Neymar

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (27) para condenar Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Entre os crimes cometidos, está o furto de uma bola autografada por Neymar Jr., então exposta na Câmara dos Deputados.

Nelson foi condenado pelos crimes de:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – 5 anos e 6 meses de reclusão
  • Golpe de Estado – 6 anos e 6 meses
  • Dano qualificado – 1 ano e 6 meses, além de multa
  • Deterioração de patrimônio tombado – 1 ano e 6 meses, com multa
  • Associação criminosa armada – 2 anos
  • Furto qualificado – 3 anos

Além da pena de prisão, ele deverá pagar uma multa de cerca de R$ 50 mil e será incluído no pagamento solidário de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, valor a ser dividido entre os demais condenados pelos atos.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, teve seu voto integralmente seguido pelos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia. O ministro Cristiano Zanin também votou pela condenação, mas propôs pena menor, de 15 anos. O ministro Luiz Fux ainda não votou. O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma, onde não há debates, apenas depósito eletrônico dos votos.

O furto da bola

O caso ganhou repercussão após Nelson admitir à Polícia Militar, dias depois dos atos, ter furtado uma bola autografada por Neymar. Ele alegou que pretendia “protegê-la” e devolvê-la mais tarde. A bola foi devolvida à Câmara dos Deputados em fevereiro de 2023. Em março, Nelson se tornou réu e teve prisão preventiva decretada — ele permanece preso desde então.

Fonte: CNN Brasil

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