Em entrevista ao portal Política por Dentro nesta quarta-feira (2), o deputado federal Thiago de Joaldo (PP-SE) celebrou avanços legislativos de sua autoria, defendeu investimentos em saúde pública e criticou medidas do governo federal que, segundo ele, penalizam os mais pobres com aumento de impostos.
O parlamentar destacou a recente sanção do programa nacional de CNH Social, que prevê a gratuidade na emissão da Carteira Nacional de Habilitação para pessoas de baixa renda inscritas no CadÚnico. Segundo o deputado, a conquista é fruto de uma luta antiga e representa mais do que mobilidade: “A carteira de habilitação é cidadania, é o direito de ir e vir, mas também é uma ferramenta de trabalho e geração de renda”.
Joaldo explicou que o programa será financiado com recursos oriundos de multas aplicadas nas rodovias federais e celebrará outros avanços, como a digitalização e gratuidade de processos de vistoria e transferência de veículos.
O deputado também comemorou o veto presidencial à exigência de exame toxicológico para condutores das categorias A e B, posição que ele defendeu desde o início. “Esse exame, além de ineficaz por ser facilmente fraudado, encarece ainda mais um documento já inacessível para muitos brasileiros”, afirmou.
Thiago de Joaldo apresentou um projeto de sua autoria que torna obrigatória a orientação sobre a manobra de Heimlich durante o pré-natal. A técnica pode salvar vidas em casos de engasgo em bebês e crianças pequenas. “Mais de 8 mil crianças morreram por engasgo no ano passado. Com orientação adequada nas UBSs e no programa de saúde da família, podemos reduzir drasticamente esse número”, destacou.
O parlamentar também lembrou que mais de R$ 80 milhões foram destinados à saúde pública de Sergipe nos últimos anos por meio de suas emendas, beneficiando hospitais filantrópicos, prefeituras do interior e o próprio governo estadual.
Joaldo criticou a tentativa do governo federal de manter o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cuja derrubada pelo Congresso foi judicializada. “Dizer que o IOF é imposto de rico é enganar a população. Todo novo imposto acaba recaindo sobre quem tem menos. O governo precisa cortar na própria carne, não criar novos tributos”, disparou.
O deputado também se posicionou contra o aumento no número de cadeiras na Câmara dos Deputados, aprovado recentemente. “Votei contra nas duas vezes. A criação de mais cargos é um custo extra injustificável em um momento em que se exige responsabilidade fiscal também do Legislativo”, afirmou.
Reportagem: Larisse Lopes