EUA abrem investigação comercial contra o Brasil e citam 25 de Março, Pix e etanol; entenda os riscos

O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) iniciou, nesta terça-feira (15/7), uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei Comercial americana, acusando o país de adotar práticas comerciais desleais. A medida, solicitada diretamente pelo presidente Donald Trump, ocorre poucos dias após o anúncio da aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA.

O documento do USTR aponta uma série de supostas irregularidades por parte do Brasil, incluindo a pirataria na rua 25 de Março, a operação do Pix, tarifas preferenciais a outros países, falhas em fiscalização anticorrupção, desmatamento ilegal e proteção insuficiente à propriedade intelectual. Também foi citada a retomada da taxação do etanol importado dos EUA.

Um dos pontos mais polêmicos é a inclusão da 25 de Março, símbolo do comércio popular paulista, e do Pix, sistema de pagamento eletrônico criado pelo Banco Central, como práticas que prejudicariam empresas americanas. O relatório também cita atritos envolvendo redes sociais e plataformas digitais norte-americanas.

A investigação pode abrir caminho para mais tarifas contra produtos brasileiros, caso os EUA concluam que o país age de forma discriminatória ou prejudicial aos interesses comerciais americanos. Segundo o USTR, o objetivo é “garantir tratamento justo” para as empresas dos EUA. No entanto, o órgão não apresentou provas das acusações.

O presidente Lula já anunciou que o Brasil responderá com base na Lei de Reciprocidade Econômica, e setores como a indústria e o agronegócio têm se manifestado contra o aumento das tarifas e os efeitos da tensão comercial com os EUA.

Fonte: Metrópoles

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