O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (19) que está sendo alvo de uma “perseguição política” e se sente “humilhado” pelas medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita em entrevista coletiva após ele prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília.
“Estou sendo perseguido. Não tem nada de concreto. A Procuradoria-Geral da República foi além”, disse Bolsonaro, em tom crítico. Entre as restrições determinadas estão o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher noturno e a proibição de contato com os filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro.
Questionado sobre um pen drive encontrado em sua casa, negou conhecimento: “Pen drive? Não sei!”. Bolsonaro também confirmou que guardava US$ 14 mil em espécie em casa. “Sempre guardei dólar em casa. É normal”, justificou.
O ex-presidente disse que pretende buscar apoio internacional, mencionando o governo dos Estados Unidos. “Me dá meu passaporte que eu busco audiência com os Estados Unidos”, afirmou. Ele também citou que tinha compromissos com embaixadores marcados para a próxima semana.
Sobre Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA, disse acreditar que o filho permanecerá no país: “Se ele vier pra cá, vai ter problemas”, declarou. Ao final, Bolsonaro reforçou que não pretende deixar o Brasil e voltou a criticar o STF: “Estou sendo humilhado por algo que não fiz.”
Fonte: CNN Brasil
