A oposição ao governo Lula anunciou, nesta terça-feira (5/8), que iniciará uma obstrução total dos trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A medida foi comunicada pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), durante coletiva de imprensa convocada após a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Vamos entrar em obstrução total na Câmara e, segundo informações, também no Senado”, afirmou Sóstenes. Segundo ele, a paralisação nas votações das comissões e dos plenários continuará “enquanto não houver caminhos para a pacificação”. O parlamentar chegou a declarar que, “se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá”.
Durante a coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou o chamado “pacote da paz”, que a oposição pretende levar ao Congresso. As principais propostas incluem uma anistia ampla, geral e irrestrita para investigados por atos antidemocráticos e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo Flávio, a votação da anistia tem sido evitada por pressão externa, o que, segundo ele, fere a independência do Congresso. O senador também defendeu a aprovação imediata da PEC que acaba com o foro privilegiado, alegando que decisões do STF estariam sendo manipuladas para manter Bolsonaro sob julgamento na Corte.
A obstrução, no entanto, não é inédita. Em março, a oposição tentou bloquear votações em protesto contra o julgamento de Bolsonaro no STF, mas a estratégia falhou. Agora, os líderes oposicionistas prometem intensificar a mobilização.
Fonte: Metrópoles