A oposição no Senado Federal anunciou nesta quinta-feira (7/8) que alcançou as 41 assinaturas necessárias para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ofensiva foi intensificada após a decisão de Moraes que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A última assinatura, que completou o número mínimo exigido, foi do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Com isso, os parlamentares de oposição informaram o fim da obstrução dos trabalhos legislativos e da ocupação da Mesa Diretora do Senado. Agora, o foco se volta para pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a dar andamento ao processo — decisão que cabe exclusivamente a ele.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, para aquém das questões ideológicas”, declarou o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN).
Durante coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o episódio como um “momento histórico” e reforçou críticas a Moraes: “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”. Ele também comentou sobre a situação do pai: “É sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo… Ele se mostrou muito forte”.
Flávio ainda afirmou que há um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar o projeto de anistia aos condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.