Projeto de Renan Filho pode baratear CNH e ampliar acesso à habilitação

Cerca de 20 milhões de brasileiros conduzem motos ou carros sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em Alagoas, o número chega a pelo menos 200 mil pessoas. O perfil é recorrente: trabalhadores que não têm condições de arcar com os custos do processo de habilitação, que pode ultrapassar R$ 3 mil.

Para enfrentar esse problema, iniciativas como o programa CNH do Trabalhador, do governo de Alagoas, prometem oferecer o documento gratuitamente a 3,5 mil pessoas em 2025. Apesar da medida, a demanda reprimida segue alta, evidenciando a urgência de alternativas que facilitem o acesso à regularização no trânsito.

Uma proposta articulada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, pode representar uma mudança estrutural nesse cenário. O projeto prevê o fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para os candidatos das categorias A (motos) e B (carros). Assim, os interessados poderiam se preparar de forma autônoma — com materiais online ou apoio de familiares — e realizar apenas as provas teórica e prática nos Detrans.

Com isso, o custo total para obtenção da CNH poderia cair para algo entre R$ 600 e R$ 800 — uma redução de até 80% em relação aos valores atuais. O modelo segue exemplos de países como Estados Unidos e Reino Unido. As autoescolas, nesse formato, continuariam existindo, mas como opção, não exigência.

A medida busca ampliar o acesso à regularização, especialmente entre trabalhadores informais e de baixa renda, além de contribuir para a segurança no trânsito e a formalização do transporte em todo o país.

Fonte – Jornal de Alagoas

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