Trump volta a atacar o Brasil e defende Bolsonaro em coletiva na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez novas críticas contundentes ao Brasil nesta quinta-feira, durante coletiva de imprensa na Casa Branca. Ele classificou o país como “um parceiro comercial horrível” e acusou o governo brasileiro de impor “tarifas enormes” sobre produtos americanos, dificultando as relações comerciais entre as duas nações.

“Eles também nos trataram mal como parceiros comerciais por muitos, muitos anos. Um dos piores países do mundo”, afirmou Trump.

Segundo Trump, os EUA passaram a aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros em resposta às barreiras impostas pelo Brasil, o que teria causado desconforto, mas era, segundo ele, “necessário”.

Além das críticas comerciais, Trump voltou a defender Jair Bolsonaro, a quem chamou de “homem honesto” e alvo de uma “execução política”. Ele condenou o processo judicial contra o ex-presidente, afirmando que se trata de uma “caça às bruxas”.

“Ele ama o povo brasileiro e lutou muito por essas pessoas. Acho que isso é uma caça às bruxas e acho muito lamentável”, disse Trump.

Essa não foi a primeira vez que Trump se pronunciou em defesa de Bolsonaro. Em julho, ele chegou a enviar uma carta pedindo o fim imediato do julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Direitos Humanos e sanções

As tensões entre os governos aumentaram com a divulgação do relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA, que apontou uma deterioração da liberdade de expressão no Brasil e criticou a atuação do STF, especialmente do ministro Alexandre de Moraes. O documento mencionou bloqueios de perfis de apoiadores de Bolsonaro e prisões prolongadas após os atos de 8 de janeiro de 2023.

Na mesma semana, o Departamento de Estado anunciou sanções a servidores brasileiros envolvidos no programa Mais Médicos, acusando-os de cumplicidade com o regime cubano. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o embargo dos EUA a Cuba.

“Trump não é imperador. Os EUA deveriam deixar os cubanos viverem em paz. Eles fizeram uma guerra e perderam”, declarou Lula.

 

Fonte: Metrópoles

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