Uma comitiva de senadores brasileiros visitou nesta sexta-feira (19) a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde agosto na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, na Itália. Participaram da visita os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF).
O grupo permaneceu por cerca de duas horas com Zambelli, em uma sala monitorada por câmeras, sem a presença de policiais. Após o encontro, Flávio Bolsonaro declarou à imprensa que Zambelli é uma “perseguida política” e defendeu que ela permaneça em prisão domiciliar na Itália. Segundo ele, a deputada “não teve um processo justo no Brasil” e corre risco de ter seus “direitos humanos ainda mais violados” caso seja extraditada.
Damares Alves também demonstrou preocupação com a segurança de Zambelli, afirmando temer por sua vida, já que ela divide cela com outras três detentas.
Flávio Bolsonaro anunciou que pretende solicitar uma audiência com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, para tentar impedir que Zambelli seja extraditada ao Brasil antes do fim do processo.
Os senadores também participarão neste sábado (20), em Roma, de um evento intitulado “Brasil – Democracia ou Ditadura?”, que terá a presença do advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão de sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos. Ela responde por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, juntamente com o hacker Walter Delgatti, também condenado a oito anos de prisão.
A deputada deixou o Brasil em junho deste ano, rumo à Itália, onde alegou exercer sua cidadania italiana.