Câmara deve suspender, e não cassar, mandato de Eduardo Bolsonaro, apontam lideranças

A Câmara dos Deputados deve seguir pelo caminho da suspensão temporária, e não da cassação, do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo lideranças partidárias ouvidas pela CNN Brasil. A avaliação interna é influenciada por dois fatores principais: o incômodo com a pressão exercida pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o efeito estratégico que a suspensão pode ter para o parlamentar.

Nos bastidores, deputados afirmam que houve um fortalecimento do sentimento de corporativismo após a rejeição da PEC da Blindagem no Senado e o aumento das investigações do STF sobre desvios de emendas parlamentares. Esse contexto teria levado a Câmara a resistir ao que considera uma tentativa de interferência externa.

Além disso, uma eventual suspensão — de dois a três meses — beneficiaria Eduardo Bolsonaro, pois durante esse período suas faltas não seriam contabilizadas. Isso o ajudaria a manter um índice de presença acima do mínimo exigido pelo regimento, evitando a cassação automática por excesso de ausências em 2025.

O relator do caso no Conselho de Ética, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), deve apresentar nesta semana o parecer preliminar sobre a admissibilidade do pedido de cassação apresentado pelo PT. A expectativa é de que o processo seja aceito, permitindo a análise do mérito nos próximos meses. O pedido envolve tanto o acúmulo de faltas do deputado quanto sua atuação nos Estados Unidos, onde teria buscado responsabilizar autoridades brasileiras pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: CNN

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