Em entrevista ao SBT nesta quinta-feira (2), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que será candidato à Presidência da República em 2026 caso seu pai, Jair Bolsonaro, permaneça inelegível. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado.
“Estou no meu terceiro mandato, sou conhecido da sociedade e acredito estar maduro o suficiente. A única coisa que me fará não ser candidato é a candidatura do presidente Jair Bolsonaro”, declarou o deputado.
Eduardo criticou o que chamou de “condição de refém” de seu pai e afirmou que pretende levar sua candidatura até o fim, mesmo que o partido ou o ex-presidente apoiem outro nome da direita. Ele também não descartou trocar de partido e admitiu a possibilidade de fazer campanha à distância, já que teme ser preso caso retorne ao Brasil.
“Se eu retornar ao Brasil agora, vou ser preso mesmo sem ter cometido crime. Somos muito fortes nas redes sociais”, disse, citando o caso do presidente Epitácio Pessoa, eleito em 1919 mesmo estando fora do país.
Morando nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo negou estar sofrendo pressão da família ou aliados e disse manter relações com figuras do governo Trump. Ele também rejeitou a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar interferir em processos contra Jair Bolsonaro, afirmando que a denúncia é uma tentativa de retirá-lo da disputa presidencial.
Eduardo defendeu ainda uma anistia ampla, geral e irrestrita para pacificar o país, com marco inicial em 2019. Segundo ele, sem isso, autoridades brasileiras podem continuar sendo alvo de sanções internacionais, especialmente dos EUA.
Sobre a política externa, o deputado comentou o encontro entre Lula e Donald Trump na ONU e disse apoiar um diálogo direto entre os dois: “Quero que ocorra esse encontro. Trump agiu com genialidade e desmontou a estratégia do Lula”.
