O governo da Paraíba anunciou que vai indenizar ou reconstruir as casas destruídas pelo rompimento de um reservatório de água em Campina Grande, ocorrido no último sábado (7). O acidente deixou uma mulher de 62 anos morta, duas pessoas feridas e provocou o desabamento de três imóveis, além de arrastar carros pelas ruas.
O vice-governador Lucas Ribeiro, que preside uma comissão especial de gestão de crise, afirmou que o Corpo de Bombeiros e a Cagepa realizaram um mapeamento das áreas atingidas e dos bens perdidos. Segundo ele, o governo vai divulgar boletins diários sobre o estado das famílias afetadas e iniciar ainda nesta segunda-feira (10) o trabalho de demolição das casas comprometidas.
“O Corpo de Bombeiros visitou cada residência atingida, catalogou cada item e cada bem declarado pelas pessoas. Tudo está sendo levantado para que possamos indenizar ou reconstruir as casas diretamente”, disse Ribeiro.
O vice-governador explicou que cada caso será tratado de forma individual, conforme a escolha dos moradores — entre indenização financeira ou reconstrução do imóvel. Ainda não há prazo definido para o pagamento das indenizações, mas o governo afirma estar “acelerando o processo”.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação para apurar as causas do rompimento. O órgão solicitou à Cagepa, responsável pelo reservatório, que apresente em até 48 horas informações sobre as vistorias técnicas realizadas, as medidas adotadas após o desastre e o plano de reparação dos danos.
Em nota, a Cagepa lamentou o ocorrido, manifestou pesar pela morte da vítima e informou que instaurou um processo interno de apuração para identificar as causas do acidente.
Moradores afetados relataram dificuldades para limpar as casas e contabilizar os prejuízos. Uma das vítimas contou que sua mãe, de 75 anos, escapou por pouco após a força da água invadir a residência. “Ela escutou o barulho, correu e conseguiu sair. A água levou tudo. Ela perdeu todos os bens e está acamada”, disse a filha.
