“A Bahia não vai se conformar em perder”, afirma Mário Negromonte sobre a redução de deputados

Em entrevista exclusiva ao portal Política por dentro, o deputado federal e presidente do Progressistas na Bahia, Mário Negromonte Júnior, manifestou com preocupação sobre a proposta que prevê a perda de cadeiras na Câmara dos Deputados para alguns estados, incluindo a Bahia.

Negromonte expressou sua tristeza com a possibilidade de redução na representação da Bahia na Casa. “Eu sinceramente vejo com muita tristeza essa possibilidade. No último censo feito pelo IBGE, que por sinal foi muito questionado, a Bahia foi muito prejudicada. Municípios perderam repasses do fundo de participação, entre outras questões”, afirmou o deputado. Ele destacou que o censo foi realizado durante a pandemia, o que comprometeu a precisão dos dados e resultou em distorções.

O deputado sugeriu que o governo federal realize um novo estudo do IBGE para revisar esses dados e corrigir eventuais falhas. “Acho que seria plausível que o governo federal fizesse um novo estudo para rever esses casos. A Bahia, de acordo com o último censo, perderia três ou quatro cadeiras, e com essa nova proposta, perderia duas. Mas a Bahia não vai se conformar com isso, vamos lutar para não perder nenhuma cadeira”, garantiu.

Negromonte também argumentou que a atual quantidade de 39 deputados federais para a Bahia não reflete o tamanho do estado, que, de acordo com ele, tem dimensões territoriais comparáveis às da França. “A Bahia é um estado extenso, e precisamos de mais representantes para poder representar adequadamente todas as regiões. Se você pegar a região do oeste da Bahia e a região norte, há uma distância absurda. A distância de Paulo Afonso, onde nasci, até Brasília, é enorme. Por isso, precisamos de mais deputados para levar as bandeiras e resolver os problemas das nossas regiões, que são grandes e distantes”, afirmou.

O deputado reafirmou seu compromisso com a luta pela manutenção da representatividade da Bahia na Câmara dos Deputados e declarou apoio à medida proposta por Hugo Motta, desde que a Bahia seja respeitada em seu tamanho e importância. “Apoio a medida, mas desde que a Bahia esteja sendo respeitada no tamanho dela”, concluiu Negromonte.