Fernanda Duarte

Fernanda Duarte é jornalista, empresária, casada e mãe de três filhos. Natural de Sapé - PB, é apaixonada por jornalismo político desde criança quando ouvia, com o seu pai, programas de rádio com análises das atuações dos políticos paraibanos. Formada em Jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). Com experiência em Rádio, TV e Portais de Notícias, atua na Capital Federal como correspondente para veículos de diversos estados brasileiros.

Adiamento na votação do Orçamento pode refletir nas campanhas eleitorais de 2026

A análise do relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 voltou a ser adiada pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. O anúncio foi feito após falta de acordo entre parlamentares da oposição e da base governista. O adiamento foi solicitado pelo governo por causa de impasses no orçamento e, principalmente, por temer uma derrota semelhante a que sofreu em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A grande questão é que o atraso da votação da LDO pode empurrar essa análise para perto do recesso do Congresso, que acontece a partir de 19 de Dezembro e, com isso, também deve haver um atraso na liberação das emendas parlamentares, previstas no orçamento. Isso, de certa forma, acaba criando um clima tenso, principalmente porque esses recursos servem como um artificio de deputados e senadores para ampliar a relação com prefeitos, sobretudo em um ano eleitoral, como será 2026.

A destinação de verbas oriundas do governo federal lota os gabinetes na Câmara e no Senado com gestores necessitados de dinheiro para viabilizar obras e atendimento à população o que, por outro lado, rende apoio e popularidade a deputados e senadores focados em renovar os seus mandatos.

Não é de hoje que as emendas tem sido alvo de impasses. Além de atrasos constantes e dificuldades para ajustes nas contas por parte do governo, o Supremo Tribunal Federal que também tem cobrado mais transparência nos valores destinados, o que chegou a gerar um bloqueio em alguns recursos, determinado pelo ministro Flavio Dino. Há quem diga que o presidente Lula tem tentado de diversas estratégias para adiar o repasse de emendas e, com isso, tentar fechar as contas públicas no azul.

De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o adiamento da LDO tem como objetivo “garantir a segurança de negociação” entre o governo e o Congresso, porém, para os parlamentares há a preocupação de que as liberações não sejam feitas dentro do prazo determinado pela lei eleitoral, comprometendo alianças firmadas com gestores municipais.

Sem uma data definida para a votação, a expectativa é que o governo busque caminhos para evitar prejuízos ao planejamento fiscal e à execução de políticas públicas em 2026. Por outro lado, o Congresso também terá que se organizar para evitar que o atraso nos recursos se transforme em ameaça de queda no apoio e retirada de votos em seus estados.

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