O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu não comparecer ao velório da mãe de Valdemar Costa Neto, Leila Caram Costa, apesar de ter recebido autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro alegou que não teria tempo suficiente para chegar aos locais das cerimônias. Segundo informações apuradas pelo Poder360, o ex-presidente pretende fazer um novo pedido ao ministro para poder participar da missa de 7º dia em homenagem a Leila.
Decisão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer ao velório da mãe do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta terça-feira (3). Leila Caram Costa faleceu aos 99 anos, e o enterro ocorrerá em Mogi das Cruzes, São Paulo. A defesa de Bolsonaro formalizou o pedido para que o ex-presidente estivesse presente no sepultamento por volta das 10h da manhã de hoje.
A autorização foi necessária devido à proibição imposta por Moraes, que impede Bolsonaro de manter contato com Valdemar Costa Neto em razão das investigações da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. A operação investiga o suposto planejamento de um golpe de Estado em 2022.
Em sua decisão, Moraes afirmou: “Autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto, nos citados velório e sepultamento, que acontecerão, respectivamente, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes e no Cemitério São Salvador, no município de Mogi das Cruzes/SP, na data de hoje, 3/12/2024.”
O ministro também destacou que não há restrição para que Bolsonaro se desloque pelo território nacional, esclarecendo que a proibição se restringe apenas ao contato com outros investigados. “Ressalto que não há qualquer restrição à locomoção do investigado Jair Messias Bolsonaro, em território nacional, havendo, entretanto, a proibição de manter contato com os demais investigados, entre eles Valdemar Costa Neto”, afirmou Moraes.
Embora possa circular pelo Brasil, o ex-presidente encontra-se com o passaporte retido e está proibido de deixar o país. A medida decorre das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado e à venda irregular de joias recebidas por Bolsonaro durante viagens internacionais. A retenção do passaporte pode impedi-lo de comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para janeiro de 2025.