O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com indiferença à possibilidade de ser preso, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma investigação sobre um suposto plano golpista no Brasil. Durante o Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal nesta quinta-feira (20), Bolsonaro afirmou: “Eu caguei para prisão” e defendeu sua tranquilidade em relação às acusações. “Estou com a consciência tranquila, não tem nada contra a gente além das narrativas”, declarou.
O ex-presidente foi denunciado junto a outras 33 pessoas, acusado de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Em sua defesa, Bolsonaro questionou a acusação, dizendo que “geralmente quem dá golpe é quem ganha”, e alegou que ele próprio foi “golpeado” e acusado injustamente.
Em seu discurso, Bolsonaro também reafirmou sua “prioridade” de ver aprovado o projeto de lei de anistia, que beneficiaria condenados por envolvimento nos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. O projeto, de autoria do deputado Major Victor Hugo (PL-GO), prevê anistia para aqueles que participaram ou apoiaram os ataques aos três Poderes. Bolsonaro enfatizou que deseja anistiar os condenados a penas severas. Contudo, a proposta enfrenta resistência no Congresso e é considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além de ser altamente improvável de ser sancionada por Lula.
O ex-presidente também se defendeu ao afirmar que, enquanto estava nos Estados Unidos, “tentei dar o golpe de 8 de janeiro?” em referência aos ataques de apoiadores em Brasília.
Com informações da CNN Brasil