O Ceará registrou o primeiro caso de gripe aviária do tipo H5N1 em aves domésticas. O foco foi identificado em uma criação de subsistência no município de Quixeramobim, no sertão central do estado. A confirmação foi feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), após a análise de amostras enviadas no último dia 8 de julho.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), a propriedade foi isolada e as aves contaminadas foram abatidas na manhã de sexta-feira (18). A área será submetida aos protocolos de saneamento previstos no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Adagri também investiga outras propriedades num raio de 10 quilômetros do foco.
Embora o vírus seja altamente infeccioso, a agência reforça que não há risco no consumo de carne de frango e ovos, desde que os produtos estejam armazenados corretamente. A transmissão não ocorre por meio da ingestão desses alimentos.
Com a confirmação do caso no Ceará, autoridades do Piauí convocaram uma reunião de emergência nesta segunda-feira (21) para reforçar as medidas de prevenção. O estado, que não registrou casos até o momento, já vive estado de emergência zoossanitária e vem intensificando ações de biossegurança, especialmente em razão do crescimento da avicultura local.
Segundo o IBGE, em 2024 o Piauí produziu 21,6 milhões de dúzias de ovos — um aumento de 21,8% em relação ao ano anterior — e abateu mais de 6,2 milhões de frangos, 18,8% a mais que em 2023. O governo estadual, por meio da Adapi, tem reforçado ações de vigilância, orientação a produtores e parcerias com o setor privado, com o objetivo de manter o estado livre da doença e preservar o avanço da cadeia produtiva de frangos e ovos.
Fonte: Odia