Chicão admite fracasso da greve dos caminhoneiros e acusa “sabotagem” após baixa adesão

O caminhoneiro Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, admitiu que a greve nacional dos caminhoneiros anunciada para quinta-feira (5/12) fracassou. Segundo ele, o movimento teria sido “sabotado”, o que resultou na baixa adesão em todo o país. Apesar da convocação circular nas redes sociais, não houve bloqueios em rodovias, que permaneceram liberadas na quinta-feira e também nesta sexta.

A mobilização ganhou repercussão após Chicão e o desembargador aposentado Sebastião Coelho protocolarem, na segunda-feira (1/12), um documento no Palácio do Planalto comunicando a intenção de iniciar a paralisação — ato divulgado em vídeo nas redes. Ainda assim, o movimento não se consolidou entre caminhoneiros, que já estavam divididos sobre a proposta.

Entidades como o Sindicam, a CCAPS e a ACTRC afirmaram que apoiariam uma eventual greve se houvesse decisão da categoria, mas representantes mostraram posições divergentes. Entre as reivindicações apresentadas estavam estabilidade contratual, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e aposentadoria especial após 25 anos de trabalho.

A tentativa de paralisação também não teve apoio político do deputado federal Zé Trovão (PL-SC), um dos nomes mais influentes entre caminhoneiros. Em vídeo, o parlamentar criticou o movimento e disse que não daria suporte, afirmando que as pautas apresentadas “não resolvem os problemas do transporte”.

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