Cidade do Ceará lidera ranking das cidades mais violentas do Brasil

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, divulgado nesta quinta-feira (24/7), revelou que Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE), é hoje o município mais violento do país. Com 87 Mortes Violentas Intencionais (MVI) registradas em 2024 e uma taxa de 79,9 por 100 mil habitantes, a cidade superou todas as demais com mais de 100 mil habitantes.

O aumento da violência em Maranguape é atribuído a uma disputa sangrenta entre as facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), que disputam o controle do tráfico de drogas na região. Em 2023, a cidade já figurava no ranking, ocupando o oitavo lugar, com 78 mortes.

Nordeste concentra as 10 cidades mais violentas

Todas as dez cidades mais violentas do país estão no Nordeste, com destaque para a Bahia (cinco municípios), Ceará (três) e Pernambuco (dois). O top 5 é formado por:

  1. Maranguape (CE) – 79,9

  2. Jequié (BA) – 77,6

  3. Juazeiro (BA) – 76,2

  4. Camaçari (BA) – 74,8

  5. Cabo de Santo Agostinho (PE) – 73,3

As principais vítimas são jovens, homens, negros e moradores de áreas periféricas.

Ceará tenta reagir

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará afirma que os índices estão em queda. No segundo semestre de 2024, o estado registrou redução de 9,1% nas mortes violentas em relação ao primeiro semestre. Em Maranguape, a queda foi de 29% entre janeiro e junho de 2025, com 39 mortes, contra 55 no mesmo período de 2024.

Brasil tem menor taxa de MVI desde 2012

Em nível nacional, o Brasil registrou 44.127 mortes violentas em 2024, uma taxa de 20,8 por 100 mil habitantes — a menor desde 2012. Apesar da queda geral, o Nordeste (33,8) e o Norte (27,7) continuam sendo as regiões mais afetadas.

Além de Maranguape, os municípios cearenses de Caucaia e Maracanaú, ambos vizinhos da cidade, também aparecem no ranking e sofrem com os mesmos conflitos entre facções criminosas.

As MVIs incluem homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais e mortes por intervenção policial. Os dados foram coletados por órgãos estaduais de segurança pública e organizados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Fonte: Metrópoles

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