Comissão da Câmara aprova moção de louvor a Eduardo Bolsonaro, gerando polêmica

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) da Câmara dos Deputados aprovou, com 22 votos favoráveis e 9 contrários, uma moção de louvor ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do cargo na semana passada. O requerimento foi apresentado pelos deputados Zucco (PL-RS) e Mário Frias (PL-SP), em reconhecimento à atuação de Eduardo Bolsonaro na defesa dos interesses nacionais e da democracia brasileira no cenário internacional, denunciando abusos de autoridade e perseguições políticas no país.

Antes da votação, Mário Frias destacou a atual situação política do Brasil, mencionando jornalistas exilados, deputados presos e cidadãos condenados injustamente. “Esse requerimento vem pedir a essa casa uma moção de aplauso ao meu amigo, irmão, deputado Bolsonaro”, afirmou.

Por outro lado, o deputado Alencar Santana (PT-SP) se manifestou contra, dizendo que a proposta deveria ser rejeitada, acusando Eduardo Bolsonaro de traição ao país. “Nunca vi covardia e traição receberem aplausos”, declarou Santana, criticando a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A votação gerou debates intensos. Inicialmente, o presidente da comissão, deputado Filipe Barros (PL-PR), tentou fazer a aprovação por votação simbólica, mas foi interpelado por parlamentares do Psol e do PT, que exigiram votação nominal. O processo gerou discussões acaloradas, mas a oposição, que tem maioria na comissão, conseguiu aprovar a moção de louvor sem maiores dificuldades.

Além da moção de louvor, a comissão também aprovou convites aos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Defesa, José Múcio, para que apresentem as prioridades de suas pastas para o ano de 2025.

A data das audiências ainda será definida. Outro requerimento aprovado foi o convite ao ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, Michael Benz, para falar sobre a interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional no Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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