A queda nos preços de alimentos como arroz, feijão, ovos, frango, tomate e laranja é resultado direto de ações do Governo Federal para estimular a produção, principalmente de pequenos agricultores. Foi o que afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, nesta terça-feira (10/6) durante o programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O arroz hoje é o carro-chefe da diminuição de preço de alimentos no Brasil. O ano passado, essa época, se você comprasse cinco quilos de arroz, você não encontraria por menos de R$ 32. Hoje você vai no supermercado, você encontra até arroz tipo um a R$ 12,90. Nem todo arroz está custando isso. Isso é política pública, crédito, também programas de estímulo”, afirmou Teixeira
“O arroz baixou na média 15%, o feijão baixou na média 24%. Os ovos que estavam muito caros no final do ano, e nós queremos que possam chegar a um preço menor, mas já baixaram em 10%. Nós também tivemos uma diminuição do preço do frango. Enfim, o tomate, laranja baixaram”, disse.
O ministro falou sobre o Programa Arroz da Gente, lançado recentemente em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional contribuindo para a erradicação da fome no país.
O programa incentiva a retomada da produção de arroz pela agricultura familiar e comunidades tradicionais em áreas que cultivam essa produção em alguma escala. Entre as diretrizes estão o apoio ao acesso ao crédito agrícola, fomento à estruturação produtiva, resgate, multiplicação e intercâmbio de sementes, comercialização e aos equipamentos para armazenagem e processamento. Com todas as medidas, o ministro afirmou que a produção de arroz cresceu 10% na atual safra.
“O programa Arroz da Gente é juros baixos para a produção de arroz. Então isso, quem for produzir arroz vai ter juros baixíssimos no nosso plano safra, no Pronaf. Ao mesmo tempo, é um programa de compras. A Conab propôs a saca a R$ 89 e quem quisesse vender para a Conab venderia a saca R$ 89. Ao mesmo tempo há uma expansão do arroz para a lavoura irrigada do Centro-Oeste, porque o arroz estava naquele momento mais rentável que a soja. então muita gente migrou da soja para o arroz. E o arroz também é mais útil para o agricultor, tendo em vista que a palha do arroz ajuda a fertilizar a terra”.
Então isso fez com que ampliasse. Nós tínhamos, no ano passado, cerca de 11 milhões de toneladas de produção de arroz. Nós agora subimos para 12 milhões de toneladas, 10% (de crescimento). Isso que fez com que caísse o preço do arroz, todas essas políticas, e isso é sentido por quem vai no supermercado para comprar arroz”, explicou
“O arroz, ele já gerou essa sensação de diminuição. O presidente Lula é obcecado por preço de alimentos. Como ele já foi líder sindical, o líder sindical sempre se preocupa com o poder de compra dos trabalhadores, e o poder de compra vai também do custo dos alimentos”, disse.
O ministro também falou sobre o Plano Safra da Agricultura Familiar, que segue impulsionando o setor em todo o Brasil, com um conjunto de políticas e programas que oferecem crédito e incentivos com condições favoráveis. Dos R$ 76 bilhões disponibilizados, foram injetados R$ 51 bilhões no campo nos primeiros nove meses de execução, revelando um crescimento de 30% nos últimos dois anos. Nas políticas de inclusão, o volume de crédito contratado por mulheres agricultoras no conjunto das linhas saltou de R$ 9 bilhões em 2022 para R$13,7 bilhões em 2024 — alta de 52,5%.
Por exemplo, os juros para produzir alimentos é 3%. Isso é um grande estímulo diante (10:12) de um juros de 14,75, que é o da Selic. Então, há um subsídio muito alto para a produção de alimentos no Brasil”, explicou Teixeira
“No Brasil, tem alimentos que precisam baixar mais, nós não temos dúvida. As carnes, elas precisam baixar mais. Nós sabemos que o café está com preço alto, mas significa também que teve quebra de safra no mundo inteiro e por isso que o Brasil está sendo muito requisitado em função do café. Mas todo esforço do governo do presidente Lula é para que o povo brasileiro tenha alimentos com preço adequado para sua renda e o produtor também seja remunerado adequadamente”, disse.
Segundo o ministro, o novo Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026 deve ser lançado no inicio de julho, com expectativa de valor recorde.
“Nós batemos recorde de 2023 para 2024, batemos recorde de 2024 para 2025, R$ 776 bilhões, e queremos bater recorde de 2025 para 2026. O que nós conseguimos conjugar nesses dois últimos Planos Safra foi ter recorde de valores e ter recorde de subsídios. Eu espero que a gente consiga concretizar essa equação”.
Esperamos que (o Plano Safra) ajude o Brasil a continuar sendo essa potência de produção de alimentos para o povo brasileiro e para o mundo, para garantir soberania alimentar e uma agricultura sustentável, regenerativa, cada dia mais agroecológica”, afirmou
No bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro fez um balanço do programa Desenrola Rural. Em apenas três meses de execução, o programa já beneficiou 56.117 famílias agricultoras, renegociando R$ 1.78 bilhão em dívidas rurais e abrindo caminho para que milhares de produtores possam retomar o acesso ao crédito e fortalecer a produção. Entre os dias 24 de fevereiro e 23 de maio foram realizadas 89.571 operações de renegociação em diferentes modalidades de dívidas.
O programa oferece condições de renegociação com descontos que chegam a 96% sobre o valor devedor, a depender do tipo de dívida, além de parcelamento facilitado.
“É a hora de fazer o Desenrola, quem tem pendência e voltar a tomar o crédito agrícola, que o Brasil precisa que os agricultores possam tomar o crédito. O crédito agrícola é muito vantajoso igualmente. Tem juros de 3% para produção de alimentos, 2% para agroecologia, para a bioeconomia, 0,5% para comprar máquina. E é por isso que nós queremos que todo mundo tome o crédito agrícola e aproveite essa porta, que é o Desenrola”.
“Nós pensamos que o Brasil tem um grande desafio, porque hoje é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Produz para o seu mercado interno, que é um desafio imenso, mas produz também para o mercado externo. E é por isso que nós queremos que os agricultores estejam com possibilidade de continuar produzindo alimentos”, explicou Teixeira.
Fonte: Agência Gov