O Ministério Público Eleitoral (MPE) no Distrito Federal denunciou Eurípedes Júnior, ex-presidente do PROS e do Solidariedade, por lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados ao suposto desvio de R$ 36 milhões do fundo partidário. A denúncia, sob sigilo, foi encaminhada à Justiça Eleitoral e envolve também outras 18 pessoas.
Segundo o promotor Paulo Binicheski, a investigação da Polícia Federal identificou a existência de uma organização criminosa composta por três núcleos — familiar, operacional e empresarial de fachada — com funções específicas e estrutura hierarquizada. O grupo teria usado empresas fictícias, candidaturas fraudulentas e notas fiscais falsas para desviar recursos públicos.
A denúncia, de 74 páginas, detalha como os recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) teriam sido lavados por meio de movimentações financeiras atípicas, saques fracionados e contratos com empresas sem capacidade real de operação.
Essa é a segunda denúncia formal contra Eurípedes Júnior. Em 2024, ele já havia sido acusado de crimes como organização criminosa, peculato eleitoral e falsidade ideológica. No episódio mais recente, além do político, outras nove pessoas ligadas a ele também foram denunciadas.
Duas semanas antes da denúncia, a Polícia Federal chegou a cumprir mandados de prisão contra o ex-dirigente, que ficou foragido por três dias antes de se entregar. Durante a operação, um helicóptero avaliado em R$ 5 milhões — supostamente adquirido com verba pública — foi apreendido.
Eurípedes Júnior deixou a presidência do PROS após a operação.
Fonte: CNN Brasil