Federação Brasil da Esperança deixa “blocão” da Câmara após derrota na CPMI do INSS

A federação Brasil da Esperança  formada por PT, PV e Rede  anunciou nesta terça-feira (26) sua saída do maior bloco parlamentar da Câmara dos Deputados, conhecido como “blocão”, liderado pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). A decisão marca um movimento estratégico da base governista após recentes derrotas no Congresso.

Segundo o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), a permanência no blocão estava prejudicando a atuação regimental do governo, especialmente na composição de comissões. “Esse bloco tira poder regimental nosso. Foi montado na eleição da presidência da Câmara, mas agora precisamos de mais autonomia”, justificou.

O rompimento ocorre em meio ao desgaste causado pela instalação da CPMI do INSS, quando a oposição e o Centrão articularam a eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência da comissão, derrotando o candidato governista Omar Aziz (MDB-AM). O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também oposicionista, assumiu a relatoria.

A estratégia da oposição incluiu a substituição de parlamentares ausentes por suplentes, durante um jantar de articulação política, o que garantiu a vitória do bloco mais à direita na comissão. Com a saída do blocão, a federação governista busca mais independência para reagir a movimentos do Centrão e reforçar sua presença nas discussões legislativas.

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