O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (23/10) que a Corte não vai admitir nenhum tipo de “anistia” ou “lavagem” de irregularidades ligadas às chamadas emendas Pix. Segundo ele, o Supremo rejeita a ideia de que os recursos já repassados possam ser ignorados sem uma análise rigorosa das prestações de contas.
“Se fosse o dinheiro de um de nós, talvez fosse possível — mas dinheiro público, impossível”, declarou Dino, ao destacar que o STF não assumirá o “ônus” de validar gastos sem transparência.
A fala foi feita durante uma audiência com representantes das partes envolvidas nos processos sobre as emendas. Dino reforçou que o Supremo não busca interferir nas decisões políticas, mas garantir controle e responsabilização no uso do dinheiro público.
Atualmente, há 35 mil planos relacionados às emendas Pix sob análise. Desses, 23.770 estão em exame, 7.167 em diligência ou complementação, e apenas 2.933 foram aprovados até o momento.
