A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-RS), defendeu publicamente o decreto do governo federal que promoveu ajustes nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após a Câmara dos Deputados aprovar regime de urgência para votar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que pode anular a medida.
Segundo a ministra, a derrubada do decreto pode causar bloqueios no Orçamento, afetando diretamente programas sociais e a distribuição de emendas parlamentares. “Prejudicaria a execução de investimentos importantes para o país e das próprias emendas dos deputados”, afirmou Gleisi em publicação nas redes sociais.
Ela também argumentou que o decreto está alinhado ao arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso, e não representa aumento de impostos. Como exemplo, destacou que a alíquota do IOF sobre cartões internacionais caiu de 6,38% em 2022 para 3,5% com a nova regra.
Além da medida sobre o IOF, o governo apresentou um pacote para compensar perdas e cumprir a meta fiscal, que inclui:
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se posicionou a favor do decreto, afirmando que a medida visa corrigir distorções e combater a evasão fiscal dos mais ricos, enquanto protege os direitos sociais. A publicação de Haddad foi compartilhada pelo presidente Lula (PT).
A Câmara deve votar o PDL nos próximos dias. Caso aprovado, os efeitos do decreto do IOF serão suspensos imediatamente, representando uma importante derrota política e fiscal para o governo.
Fonte: Metrópoles