Hugo Motta vê “gesto autoritário” em ato de Glauber e ordena investigação sobre censura no plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se pronunciou após a confusão no plenário nesta terça-feira (9), que culminou na remoção à força do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Em publicação no X (antigo Twitter), Motta classificou a atitude do parlamentar como uma afronta ao funcionamento da Casa e ao Poder Legislativo.

Segundo o presidente, ao ocupar a cadeira da Presidência para impedir a continuidade dos trabalhos, Glauber não desrespeitou apenas a gestão atual, mas a própria instituição. Motta também afirmou que o deputado já havia protagonizado episódio semelhante durante uma greve de fome em comissão, o que, segundo ele, reforçaria um padrão de conduta.

Em tom crítico, Motta comparou o ato do parlamentar a práticas extremistas. Para ele, grupos que afirmam defender a democracia, mas interferem no funcionamento institucional, “vivem da mesma lógica dos extremistas que tanto criticam”. O presidente disse ainda que a democracia precisa ser protegida “do grito, do gesto autoritário e da intimidação travestida de ato político”.

Hugo Motta informou ter determinado a apuração de possíveis excessos cometidos na retirada da imprensa, que foi expulsa do plenário durante a confusão. A interrupção da transmissão da TV Câmara também gerou questionamentos sobre transparência, já que a assessoria da Presidência alegou seguir um protocolo, sem esclarecer qual.

 

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