A escolha do novo partido por parte do prefeito de Maceió, JHC, para as eleições de 2026 pode ter grande impacto na estratégia de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que poderia optar pela reeleição em vez de concorrer ao Senado, como inicialmente previsto.
A movimentação política de JHC também envolve a indicação de sua tia, Marluce Caldas, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma decisão que depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o prefeito ainda é filiado ao PL, partido alinhado a Jair Bolsonaro.
JHC tentou se aproximar do PSD, mas encontrou resistência em Rui Palmeira, líder da legenda em Alagoas, que afirmou que, caso o prefeito se filiasse ao PSD, ele próprio deixaria o partido. Além disso, a possibilidade de filiação ao PSB também foi cogitada, mas sem avanço, visto que o partido é comandado por Paula Dantas, filha do governador Paulo Dantas, o que torna a negociação mais complicada.
O principal desafio de JHC não é apenas encontrar um novo partido, mas garantir que terá uma legenda forte para viabilizar sua candidatura em 2026. Sem um partido sólido, qualquer projeto eleitoral de grande porte se torna inviável. O cenário político em Alagoas continua sendo dominado por figuras poderosas como Renan Calheiros e Arthur Lira, que exercem grande influência nas legendas locais.
Para 2026, JHC possui duas opções viáveis: disputar o Senado ou o Governo do Estado. No Senado, as duas vagas parecem já estar praticamente garantidas por Renan Calheiros e Arthur Lira, pelo menos no que diz respeito a prefeitos e vereadores.
No entanto, a corrida pelo governo do estado seria mais acirrada, com o atual governador Renan Filho, que conta com um apoio político considerável, incluindo 25 deputados estaduais, 90 prefeitos e uma extensa base de vereadores e lideranças.
Com informações do portal Política Alagoana