O Poder Judiciário do Brasil alcançou, em 2024, o maior gasto de sua história: R$ 146,5 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no relatório Justiça em Números. O montante representa um aumento real de 5,5% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação.
Segundo o CNJ, o crescimento foi puxado principalmente por despesas com pessoal (+4,1%), despesas de capital (+16,6%) e outras despesas correntes (+19,2%). A Justiça estadual concentrou a maior fatia dos recursos, com R$ 91,7 bilhões (62,6% do total), seguida pela Justiça do Trabalho, com R$ 25,5 bilhões (17,4%).
O custo do Judiciário brasileiro equivale a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e a 2,45% dos gastos totais dos entes federativos. Isso significa um custo médio de R$ 689,34 por habitante.
Comparado internacionalmente, o Brasil tem o segundo Judiciário mais caro entre 50 países analisados pelo Tesouro Nacional, atrás apenas de El Salvador. A média global de gastos com tribunais é de 0,3% do PIB, bem abaixo dos índices brasileiros. O cenário reacende o debate sobre a eficiência da estrutura judiciária frente às necessidades da população.
Fonte – Jornal Extra de Alagoas
