Como parte da operação de “limpeza” no Ministério da Previdência Social, o ex-presidente do INSS Guilherme Serrano foi dispensado do cargo comissionado que ocupava na pasta nesta quinta-feira (8/5). A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União e assinada por Louise Caroline Santos de Lima e Silva, chefe de gabinete do novo ministro Wolney Queiroz. Serrano havia presidido o INSS no final do governo Jair Bolsonaro e, atualmente, exercia a função de Coordenador-Geral de Estudos Estatísticos, Atendimento e Relacionamento Institucional.
Serrano é citado no inquérito da Polícia Federal que investiga a realização de descontos ilegais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, autorizados por meio de acordos entre o INSS e entidades como a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). A prática gerou um faturamento bilionário para essas associações e envolveu milhares de denúncias por fraudes em filiações.
A saída de Serrano ocorre em meio a uma série de exonerações ligadas a auxiliares do ex-ministro Carlos Lupi, também afastados do ministério nos últimos dias. O escândalo, revelado pelo portal Metrópoles a partir de dezembro de 2023, aponta que as irregularidades ocorreram tanto durante os governos de Jair Bolsonaro quanto de Luiz Inácio Lula da Silva, com aumento expressivo na arrecadação das entidades e negligência a alertas de auditoria.
Fonte: Metrópoles