A pesquisa Latam Pulse/AtlasIntel divulgada nesta terça-feira (08/07) revelou cenários eleitorais para a eleição presidencial de 2026. Em uma eventual repetição da disputa de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 46% das intenções de voto contra 44,4%. A diferença, porém, configura empate técnico, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Apesar do desempenho, Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o impede de concorrer. Sem ele, Lula lidera com folga os cenários testados contra nomes da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Nos cenários de primeiro turno:
No segundo turno, Lula vence todos os adversários, com exceção de Bolsonaro, onde há novo empate técnico: 48,6% para o ex-presidente contra 47,8% para Lula. Com Tarcísio e Michelle, o petista mantém ligeira vantagem:
A pesquisa também testou Fernando Haddad como candidato da esquerda. O atual ministro da Fazenda empata tecnicamente com Tarcísio (33,3% x 34%). Já Ciro Gomes aparece com 8,3% e Simone Tebet com 1,5%.
Aprovação de Lula e percepção econômica em alta
O levantamento mostra ainda uma recuperação na aprovação do presidente: 47,3% em junho, o maior índice do ano. A desaprovação caiu para 51,8%. A percepção sobre a economia também melhorou, com queda nas expectativas de inflação (de 5,7% para 5,2%) e aumento na confiança do consumidor.
Desconfiança nas instituições e divisão sobre redes sociais
A pesquisa revelou alta desconfiança em instituições democráticas:
Apesar disso, 81,5% defendem a democracia como melhor forma de governo. Quanto às redes sociais, 53,3% apoiam regras mais rígidas, mas 46% temem censura, principalmente se a regulação ficar a cargo do STF.
Metodologia
O levantamento foi feito com 2.621 entrevistados entre 27 e 30 de junho de 2025, por meio de questionários online. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Fonte: Carta Capital