Moraes rebate acusações de ex-assessor e nega adulteração de documentos em investigações da PF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou as acusações feitas por seu ex-assessor, o perito Eduardo Tagliaferro, que afirmou, em audiência no Senado, que o magistrado teria adulterado documentos para justificar operações da Polícia Federal.

Tagliaferro, que está foragido na Itália, apresentou à Comissão de Segurança Pública do Senado documentos e metadados que indicariam a alteração da data de uma petição utilizada em investigações ligadas às chamadas “milícias digitais”. Segundo ele, o documento foi criado em 28 de agosto de 2022, mas foi incluído no processo com a data de 22 de agosto, anterior à ação da PF.

De acordo com o perito, a suposta alteração visava evitar a impressão de que a operação teria sido deflagrada apenas com base em uma notícia da imprensa. Ele afirma que foi pressionado a produzir um material técnico posterior à ação policial, mas com data anterior.

Em resposta oficial, o gabinete de Moraes negou qualquer irregularidade e afirmou que todos os procedimentos foram regulares, oficiais e documentados, com acompanhamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro destacou que o TSE foi acionado dentro da legalidade para produzir relatórios sobre postagens ilegais em redes sociais, no contexto das investigações dos inquéritos das fake news e das milícias digitais.

A nota ainda esclarece que no caso da Petição 10.543, o relatório técnico foi solicitado após decisão de Moraes em 19 de agosto de 2022, e que foi juntado ao processo em 29 de agosto, com ciência imediata das partes envolvidas. O recurso apresentado pela PGR não foi aceito pelo STF.

Fonte: Estadão Conteúdo

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