Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que teve uma “química excelente” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu com entusiasmo e exaltou a postura do presidente brasileiro. Em evento realizado nesta sexta-feira (26), em Brasília, Padilha declarou que o respeito internacional a Lula se deve à sua firmeza e defesa da soberania nacional.
“Não é à toa que rolou uma química, senhor presidente (…), é porque o senhor mostrou que o Brasil vai ser respeitado sem baixar a cabeça, sem entregar sua soberania nem bater continência para a bandeira de outro país”, afirmou Padilha durante a posse do Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce.
Em tom elogioso, o ministro afirmou ainda que o discurso de Lula na ONU foi como uma “vacina contra o negacionismo”, elogiando a defesa de investimentos em saúde, educação e combate à fome, em vez de gastos militares.
Padilha também mencionou as restrições impostas pelos EUA ao seu visto para participar da comitiva presidencial. Segundo apuração da CNN, o governo norte-americano autorizou a entrada do ministro, mas restringiu seus deslocamentos internos em Nova York. Em resposta, Padilha ironizou as medidas: “Não sou procurado pela Interpol”.
Aceno de Trump a Lula
Donald Trump, que discursou na ONU logo após Lula, elogiou o presidente brasileiro, dizendo que ambos tiveram uma conversa breve, mas positiva, e que devem se encontrar novamente em breve. “Tivemos ali uma química excelente, e isso foi um bom sinal”, disse o republicano.
A aproximação entre os dois gerou surpresa, especialmente após recentes tensões diplomáticas envolvendo sanções dos EUA a autoridades e exportações brasileiras. Apesar disso, Trump afirmou que “só faz negócios com pessoas de quem gosta” e demonstrou simpatia por Lula.