O PCdoB, partido que já enfrenta dificuldades para garantir espaços de atuação na Assembleia Legislativa, está dividido sobre a formação de um novo bloco parlamentar.
O presidente estadual da legenda, deputado federal Márcio Jerry, tem defendido a criação de um bloco com os oposicionistas, como forma de garantir maior representatividade, especialmente nos cargos de comissões e no uso da tribuna, que, segundo ele, têm sido negligenciados pelo governo.
A estratégia de união com o Solidariedade, liderado pelos deputados Othelino Neto e Fernando Braide, foi adotada para garantir os espaços necessários aos quatro deputados do PCdoB na Casa. No entanto, a formação desse bloco enfrentou resistência interna, principalmente por parte do vice-governador Felipe Camarão (PT), que sugeriu uma alternativa: unir o PCdoB com o Podemos, evitando a configuração de uma oposição mais explícita.
De acordo com Felipe Camarão, essa união fortaleceria o partido sem comprometê-lo em um bloco de oposição mais incisivo, além de deixar o deputado Othelino Neto isolado na Assembleia.
Porém, apesar da proposta de Camarão, os deputados do PCdoB, como Rodrigo Lago, Júlio Mendonça e Ricardo Rios, demonstraram resistência à ideia. Alegam que já tentaram formar um bloco com o Podemos anteriormente, mas a proposta foi barrada pelo governo.
Para eles, a oferta de união com o Podemos nem chegou a ser considerada, e o movimento já foi feito com o Solidariedade, sendo essa a direção tomada por hora.
Enquanto o impasse sobre a criação do bloco segue, a formação de uma aliança com o Podemos parece distante, e o PCdoB se vê cada vez mais pressionado a garantir seu espaço e influência dentro da Assembleia Legislativa, sem que isso signifique um alinhamento total com a oposição ou com o governo.
Fonte: Imirante