Sergipe está entre os cinco estados que mais reduziram a fome grave entre 2022 e 2024

Sergipe foi reconhecido nacionalmente, nesta quarta-feira, 17, em Brasília, ao receber do Governo Federal uma Menção de Destaque por integrar o grupo dos cinco estados que mais reduziram a insegurança alimentar grave (fome) no período de 2022 a 2024, contribuindo para o avanço do direito humano à alimentação adequada no Brasil. A honraria é concedida por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan Nacional), no contexto do Prêmio Brasil Sem Fome.

Na mesma agenda, Sergipe também recebeu uma segunda Menção de Destaque por ter alcançado a adesão de 100% dos municípios ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), marco que reafirma o compromisso do estado com a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada.

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) foi representada na cerimônia pelo secretário interino Lucas Gregório Araújo,que representou a secretária de Estado da Assistência Social, Érica Mitidieri. Também participou da agenda coordenador do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Seasic, o engenheiro agrônomo Luiz Campos, reforçando a presença técnica do estado em uma pauta diretamente conectada à agricultura familiar, ao abastecimento e ao combate à fome.

Para a secretária e primeira-dama Érica Mitidieri, o reconhecimento precisa estar ancorado em resultado e em política pública com continuidade. “Esse reconhecimento confirma um resultado concreto: Sergipe saiu de 49,3% dos domicílios com algum nível de insegurança alimentar em 2023 para 35% em 2024 – são 297 mil residências, com 34 mil ainda em situação grave – e a insegurança alimentar grave caiu para 4%. Isso não acontece por acaso: é política pública funcionando, com rede e continuidade. Quando a gente garante comida chegando onde precisa, a dignidade volta. Programas como o Prato do Povo, que já trabalha com quase 2 milhões de refeições, e o PAA, fortalecendo a agricultura familiar e fazendo o alimento chegar às famílias em vulnerabilidade, mostram que segurança alimentar é direito, não favor”, afirmou a secretária.

O que significa ter 100% de adesão ao Sisan
Na prática, a adesão integral de Sergipe ao Sisan não é um “carimbo”. É a formalização de uma estrutura de governança que organiza a política de segurança alimentar no território, com regras, instâncias e responsabilidades compartilhadas. Quando um município integra o sistema, ele se compromete a manter mecanismos locais de coordenação e participação social – como conselhos, câmaras e espaços de pactuação – que ajudam a mapear demandas, definir prioridades e acompanhar a execução das ações.

Para o estado, isso muda o jogo porque cria um padrão mínimo de funcionamento em todas as cidades: planejamento e monitoramento deixam de depender apenas de iniciativas pontuais e passam a ter uma base institucional. Em termos concretos, a Seasic avalia que a adesão total melhora a capacidade de planejar, monitorar, integrar e dar continuidade às políticas – desde a compra e distribuição de alimentos até a articulação com serviços socioassistenciais que atendem famílias em vulnerabilidade.

Outro efeito é o fortalecimento da participação social. O Sisan pressupõe diálogo com conselhos e entidades, o que amplia a transparência e ajuda a calibrar a política pública com a realidade de cada território. Em um estado com realidades municipais muito diferentes, essa governança permite agir com mais precisão: onde a insegurança alimentar é mais aguda, a resposta precisa ser mais rápida e organizada; onde o problema é menos grave, a política precisa sustentar prevenção e continuidade para evitar retrocessos.

Na avaliação da secretaria, as duas menções se complementam: a redução da fome grave reconhece o resultado alcançado no período; já a adesão integral ao Sisan consolida a estrutura que sustenta esse avanço, para que a política de segurança alimentar chegue com mais regularidade e capacidade de resposta à população que mais precisa, com menos improviso e mais permanência.

Fonte: Secom Sergipe
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