Câmara derruba aumento do IOF com apoio da maioria da bancada do Maranhão

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) a derrubada de dois decretos do governo Lula (PT) que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta foi aprovada por ampla maioria: 383 votos a favor da revogação, 98 contrários e 30 ausências. O texto segue agora para votação no Senado Federal, com expectativa de deliberação ainda na mesma noite.

A medida entrou de forma repentina na pauta da Câmara por determinação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pegando de surpresa tanto o governo quanto setores da oposição. A votação marca mais um episódio da crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo, em meio à resistência do Congresso às propostas fiscais do governo.

Como votaram os deputados do Maranhão

A bancada maranhense teve ampla maioria a favor da derrubada do aumento do IOF. Dos 18 parlamentares do estado, 14 votaram pela revogação dos decretos:

  • Aluísio Mendes (Republicanos) – Sim
  • Duarte Júnior (PSB) – Sim
  • Detinha (PL) – Sim
  • Josimar de Maranhãozinho (PL) – Sim
  • Allan Garcês (PP) – Sim
  • Pedro Lucas (União) – Sim
  • Pastor Gil (PL) – Sim
  • Cléber Verde (MDB) – Sim
  • Fábio Macedo (Podemos) – Sim
  • Josivaldo JP (PSD) – Sim
  • Júnior Lourenço (PL) – Sim
  • Márcio Honaiser (PDT) – Sim
  • Juscelino Filho (União) – Sim
  • Marreca Filho (PRD) – Sim

Apenas dois deputados votaram contra a proposta, defendendo a manutenção do aumento:

  • Rubens Júnior (PT)
  • Márcio Jerry (PCdoB)

Outros dois parlamentares não registraram voto:

  • Hildo Rocha (MDB)
  • Amanda Gentil (PP)

Crise política e impacto fiscal

A proposta de decreto legislativo (PDL) relatada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) visa anular completamente os decretos do Executivo que alteraram as alíquotas do IOF. Apesar de o governo ter recuado parcialmente nas medidas após pressões, o Congresso se manteve insatisfeito, optando pela derrubada integral.

A votação também expôs o desgaste da articulação do governo com o Congresso, mesmo após a liberação de mais de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na tentativa de conter a crise e manter o apoio político.

 

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