Corregedoria da Câmara recomenda punições a deputados envolvidos em motim no plenário

Mais de um mês após o episódio que paralisou a sessão da Câmara dos Deputados, em 5 de agosto, a Corregedoria-geral da Casa recomendou, nesta sexta-feira (19/9), punições a parlamentares envolvidos no motim que impediu os trabalhos legislativos. A medida será analisada pela Mesa Diretora, que pode encaminhar os casos ao Conselho de Ética.

O deputado Marcos Pollon (PL-MS) pode ser suspenso por três meses — um mês por se recusar a sair da cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e dois meses por ofensas ao próprio presidente. Já os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) podem ser suspensos por 30 dias.

Outros 11 deputados que participaram do protesto — incluindo nomes como Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF) e Marco Feliciano (PL-SP) — podem receber censura escrita, espécie de advertência formal.

O motim ocorreu em meio à pressão de parlamentares bolsonaristas para que o presidente da Câmara pautasse o chamado “pacote da paz”, liderado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Entre os itens reivindicados estavam o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, e uma PEC pelo fim do foro privilegiado.

A paralisação do plenário gerou forte reação institucional. A negociação para retomada dos trabalhos foi costurada por Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, a pedido de líderes do Centrão e da oposição.

 

Fonte: Metrópoles

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